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domingo, 31 de julho de 2011

Em nossa moderna sociedade, muitos crêem que basta uma união de corpos por um tempo prolongado para se considerarem casados... Mas o que Bíblia diz a respeito?

Base Bíblica Velho Testamento:
A base bíblica do casamento encontra-se em Gênesis 2:18 -24. Ele deve ser monogâmico. Gênesis 2:24.
Os profetas empregaram o casamento como símbolo do amor de Deus para com Israel. Isaías 61:10 – 62:5 – Oséias 2:21-22.
Quase nada se sabe acerca da cerimônia de casamento, todavia, o evento é mencionado como “tomar por esposa” – Êxodo 2:1. Algum tipo de banquete era dado para comemorar. Gênesis 29:22.
Cortejos para os noivos eram uma parte importante da celebração.

O Noivado
Entre os antigos israelitas o noivado era um contrato que estabelecida obrigações e era considerado uma parte do casamento. Gênesis 24:58-60. Pagava-se um dote aos pais da noiva, e este era o elemento central do noivado. No caso de Jacó o dote tomou a forma de um número estipulado de anos de serviço; para Davi envolveu realizar uma tarefa específica para Saul. 1 Samuel 18:25. O noivado consistia no estabelecimento de termos do casamento na presença de testemunhas. A infidelidade de um dos noivos era considerada adultério. Deuteronômio 22:23 – Mateus 1:19.

O Casamento
No momento do casamento, a procissão nupcial era a primeira parte das cerimônias (Salmo 45:15). Os amigos do noivo (João 3:29) saíram, de regra à noite, para apanhar a noiva e os familiares e convidados dela e levá-los à casa do noivo. (Mateus 9:15), acontecimento marcado por muita alegria (Jeremias 7:34). O banquete do casamento ocorria no lar do noivo, uma refeição tão requintada quanto lhe permitissem os meios. Ao contrário dos nossos costumes, nenhuma cerimônia religiosa formal fazia parte da cerimônia de casamento. A união consumava-se na câmara ou tenda nupcial. (Gênesis 24:67).
Do ponto de vista teológico leva-nos a um exame da terminologia matrimonial empregada por Deus ao definir o Seu relacionamento com seu povo:
“Porque o teu Criador é o teu marido; o Senhor dos Exércitos é o Seu nome” (Isaías 54:5 e ss.) em Jeremias, o relacionamento matrimonial existente torna-se motivo de arrependimento: “Porque eu sou o vosso esposo” (Jeremias 3:14).
Exatamente na conhecida passagem sobre a Nova Aliança, a aliança anterior é descrita como tendo sido quebrada, situação que é a mais séria e chocante por “eu os haver desposado, diz o Senhor” (Jeremias 31:32 – Malaquias 2:11).
Material de pesquisa:Harris, R. L G. L. Jr e A B. Waltke, K. Dicionário Internacional de Teologia do Antigo Testamento. Ed. São Paulo, SP: Edições Vida Nova, 1999. Pag. 262,554.
Base Bíblica Novo Testamento:
O casamento como instituição é claramente pressuposto no NT.
Não se baseia nos regulamentos humanos, mas, sim, no mandamento de Deus, conforme demonstram as referencias freqüentes à história da criação. (Gênesis 1:27 – 2:24 – Marcos 10:6-7 – Mateus 19:4-5 – I Coríntios 6:16 – Efésios 5:31). Sempre se refere à vida compartilhada entre um homem e uma mulher.
Embora o NT também encare o casamento essencialmente do ponto de vista do homem como “kephalé” – “cabeça” – (1 Coríntios 11:3 – Efésios 5:23), as tradições gregas e vetero-testamentárias ficam transcendidas ao ponto de caírem por terra os direitos especiais do homem, e, em todas as partes do NT, a vida compartilhada entre o marido e a mulher fica em primeiro plano. (1 Coríntios 7:3 – Efésios 5:21-33 – Colossenses 3:18-19).
O casamento intacto é pressuposto como coisa óbvia em si mesma para o cristão. (Mateus 5:27-31 – 19:9 – Marcos 10:11-12 – Lucas 16:18 – 1 Coríntios 7:10-16 – 1 Tessalonicenses 4:4 – 1 Timóteo 3:2,12 – Hebreus 13:4).
Tanto no AT quanto entre os contemporâneos de Jesus, um casamento era a ocasião para uma refeição festiva. A palavra “gamos” no grego pode significar “festa de casamento”; uma festa deste tipo se descreve em João 2:1-11. Em Mateus 22:1-14, Jesus emprega uma festa de casamento real como parábola. Como fundo histórico dela, temos o paralelismo entre Deus e o rei, o conceito da festa escatológica (cf. Isaías 25:6), a figura rabínica das bodas do Messias como Seu povo, a exposição de Cantares como expressão do amor entre Javé e Seu povo, e a figura profética do casamento para representar o relacionamento entre Javé e Israel que se emprega de Oséias em diante.
O casamento terrestre será ultrapassado pela união escatológica entre Deus e Seu povo. Jesus, sendo o Messias, é o verdadeiro Noivo.
O fato decisivo é a participação na festa dEle. (Mateus 25:1-13 – Lucas 12:36-40.
O registro da instituição da Ceia do Senhor (Mateus 26:29 – Lucas 22:30) vincula a refeição messiânica com a explicação da morte de Jesus. As Bodas do Cordeiro (Apocalipse 19:7 e segs.) significam a união final entre o Cristo triunfante e os Seus.

Minhas Considerações Finais:
...Se na Bíblia Sagrada encontramos a instituição do casamento logo nos primeiros capítulos do primeiro livro (Gênesis)...
...Se em várias passagens das Sagradas Escrituras o Espírito Santo toma a analogia do matrimonio para descrever o relacionamento ÚNICO e verdadeiro de Deus para com Seu povo...
...Se Cristo é descrito como O NOIVO que realizará as BODAS com Sua Noiva (a Igreja), portanto, Ele não “vai ficar” com ela, mas se casar em definitivo com ela...
...Se o próprio Jesus tomou por importante começar Seu ministério numa festa de casamento (João 2)...
...Se ainda que devemos nos submeter à lei do nosso país (1 Pedro 2:13-14)...portanto, casar-se legalmente...
...E ainda que filhos de pais não legalmente casados são considerados "bastardos" (cf. Deuteronômio 23:2 - Hebreus 12:8)...

Então, fica a critério de cada um aplicar-se a 2 Coríntios 13:5 “Examinai-vos a vós mesmos, se permaneceis na fé; provai-vos a vós mesmos. Ou não sabeis quanto a vós mesmos, que Jesus Cristo está em vós? Se não é que já estais reprovados”.
Por
Vilson Ferro Martins

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